John Carter

June 6, 2012    

Geral

Baseado nos livros de Edgar Rice Burroughs “John Carter of Mars”, o filme foi dirigido por Andrew Stanton, diretor de “Procurando Nemo” e foi o seu primeiro filme não animado.

Acredito muito nele diretor a ainda em futuros projetos que venha a fazer, afinal quem dirigiu “Finding Nemo” não pode ter chegado a esse grau de brilhantismo por sorte.

Fiquei muito surpreso por este filme nao ter tido mais sucesso na bilheteria pelo nível de profissionais e estúdios envolvidos na sua super produção.

A Double Negative mesmo cresceu de mais ou menos 500 pessoas para cerca de 1300 para poder completar este projeto. O filme foi tão grande que haviam 3 times diferentes que trabalhavam em paralelo em sequencias diferentes como se fossem diferentes projetos. Cada sequencia tinha um supervisor e todos eles respondiam a um supervisor geral, Pete Chang. Foi bem bacana trabalhar com o Pete Chang pela primeira vez e ele é um proffisional bem interessante que “ilumina” a sala com seu humor e sua personalidade. As pessoas passam a querer fazer o seu melhor quando estão trabalhando com ele. Ele é um dos sócios da empresa também.

Meu Envolvimento

Trabalhei na sequência que se passa na arena com os macacos gigantes (veja vídeo abaixo) liderando o time de efeitos especiais e foi bastante interessante pois tinhamos que arrumar um jeito desses macacos e outros personagens 3d interagirem com a areia (as vezes também 3d) e os personagens reais de uma forma que fosse natural. Para isso acontecer, um dos profissionais do time, Kai Stavinski, escreveu um programa para simular areia que levou quase um ano para ser completo e ainda no final do filme sofria alterações para fazê-lo funcionar melhor ou solucionar problemas nao encontrados antes.

Aqui vai um video com uma parte da sequencia:

Outra coisa interessante é que quando recebemos o ator filmado, ele está num estúdio e não existe a arena nem a poeira do ambiente. Com o time, criamos uma biblioteca de simulações de poeira sendo levantada pelo vento para poder criar a atmosfera da arena. Então dentro de cada cena, nós decidíamos o nível de poeira, a direção e intensidade do vento e então aplicávamos as nossas simulações para chegar ao efeito final desejado.

O projeto foi muito desafiador e os maiores problemas que resolvemos foram a areia realistica, poeira e o sangue no final da sequencia.

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A festa de encerramento que foi no Natural History Museum em Londres em meio aos dinossauros. O prédio é um dos mais bonitos de Londres senão um dos mais bonitos do mundo. A festa foi fantástica e digna de um filme.

Achei que o resultado ficou bem legal e espero que se viram tenham gostado. Pessoalmente eu gostei bastante do filme.


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Saiu uma matéria na Cinefex (numero 129, pagina 67) que explica bastante de como foi feito o filme. Foi muito recompensador ser mencionado nessa revista que durante minha carreira toda li e tenho como referência de efeitos no mundo. Considero ainda a Cinefex como a melhor revista dessa área hoje em dia.

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